Por que sou trilheiro??!!
Autor: desconhecido
Sou trilheiro meu amigo, e vô logo lhe explicá,
Melhor esporte nessa vida, acredito que não há.
Trabaio a semana inteira, tentando o banco pagá,
Mas quando chega o sabadão, quero mesmo “açulerá!”
A muié logo me xinga... vê se não vai se sujá!
Sinão a sua roupa, sua mãe qui vai lavá!
Eu até qui cuido muito, tento num mi encharcá,
Mas no primeiro atoleiro, a roupa vai embarrá.
Encontro os companheiro no Posto, e passamos prosiá,
lá pelas duas da tarde, nóis sai bem divagá,
Pra modi os “homi” da lei, cum nóis não imbaça!
Logo os mais apressado, na ponta qué andá,
Mas quase sempre uma vaca, certeza que vão levá.
Tem treeiro de importada, com suspenção preparada,
Tem treeiro de Tornadona, que é muito pesadona.
Tem treeiro de DT, que mais pareçe um ET.
As veiz tem uns morro, é lá que quase morro.
Açulero minha DT, que chega “tini” o motor,
O escapi fica tão quente, que derrete os protetôr.
Logo noo começo do morro continuo aceleranu,
Mas quando chego no meio, a lazarenta tá faianu,
E mais um tombo vô levandu.
Nisso passa os “bão da boca” cas importadona,
Aceleram em cima de mim, e jogam pedra pra daná,
Mais um dia se Deus quizé, uma importada vô compra,
E aqueles “mizerentos” vão te que me aguentá.
Quando chega a tardizinha, nóis já tá acabadin,
Dai nóis vorta pra cidade, bem divagardizim,
Porque se corrê muito, num vai memo adiantá,
Na metade do caminho a “gasosa” vai acabá!
E aí um cumpanhero, vai te que me arrastá.
Aí nos para na cachaçaria, e começa a prosiá,
Tem sempre algum rôia, pra gente “sacaniá”,
O garçon traz a cerveja, e um brinde nois vai dá,
Graças a Deus outra trilha, sem ninguém se machucá.
Intão vorto pra minha casa, pra patroa aguentá,
Mas to tão bem humorado, que quero inté namorá,
Boto uma ropa bacana e levo ela pra jantá, que é pra
modi semana qui vem ela me dá o “arvará”.
E com meus mió amigo, eu torná “açulera!